domingo, 9 de maio de 2010

França - Já vi esse filme...



"Foi a mão de deus". Essa foi a frase dita por Diego Maradona para justificar o soco na bola dado por ele nas quartas-de-final da Copa de 1986 contra a Inglaterra. Vinte e três anos depois a polêmica é reeditada e volta ás páginas dos tablóides pelo mundo.

A partida decidia quem ia ficar com a última vaga destinada aos países europeus para a Copa do Mundo deste ano. De um lado a fraca poderosa França. Do outro, a esperançosa Irlanda. A Irlanda venceu a partida por 1 a 0 (gol de Robbie Keane), porém como a França vencera a primeira partida pelo mesmo placar, esta foi para a prorrogação. 

E aos 13 minutos ainda do primeiro tempo o polêmico lance.





O atacante Thierry Henry não só controlou, como também ajeitou a bola com as mãos. A estratégia deu certo, Henry conseguiu cruzar a bola e Gallas marcou de cabeça o gol que classificou a França para o Mundial.

“Foi uma reação instintiva, a bola estava muito rápida. Nunca deixei de admitir que usei a mão para controlar a bola. Eu disse aos jogadores da Irlanda, ao árbitro e à imprensa depois do jogo. Não sou nem nunca fui desonesto.”  

Para Thierry a “mão de Deus” de Maradona tem funcionado mais como a “mão do diabo.” Os irlandeses ficaram revoltados e frustrados com os "nãos" recebidos da FIFA para tentarem uma vaga na Copa. Os franceses, envergonhados.

É nesse clima que a atual vice-campeã chega à África do Sul. Envergonhada e com um futebol que deixa a desejar para uma seleção que até 4 anos atrás era tida como uma das favoritas ao título. Após a aposentadoria do craque Zidane a França vem lutado para firmar seu favoritismo. Na Euro 2008 foi eliminada inda na primeira fase. Nas eliminatórias para a Copa, ficou atrás da Sérvia e se classificou na repescagem nas circunstâncias descritas acima.


A aposta do técnico Raymond Domenech está na nova geração. Jogadores como Evra (Manchester United), Gourcuff (Bordeaux), Lass Diarra (Real Madrid) e Benzema (Real Madrid) têm tudo para mostrar bom futebol. Franck Ribéry (Bayern de Munique), apesar de estar passando por um momento conturbado fora das quatro linhas devido a um escândalo sexual, dentro delas o jogador tem sido uma das principais armas de seu clube e tem feito boas atuações. A França ainda conta com os atacantes Anelka (Chelsea) e com Thierry Henry (Barcelona), que apesar da "mãozinha" que deu para sua seleção se classificar, não foi punido, vai ao Mundial e ainda é um dos homens de referência do time.


Nenhum comentário:

Postar um comentário